segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Superação - Final


- É sério?
- Não, é brincadeira, sou uma pessoa muito má e quero enganar você. É claro que é sério, podemos reunir nossas famílias, ambas estão longe de nós não é?
- É verdade. Meus pais vivem em Fortaleza, não os vejo há tempos. Eu aceito sim meu amor, tenho certeza que nossas famílias ficarão felizes com nossa união.
- Também acho.
Os pais de José Maria e Juliana vieram para o noivado e ajudaram os dois nos preparativos do casamento. José Maria fez uma poupança conjunta com Juliana e no fim de um ano tinham dinheiro para fazer uma pequena festa de casamento. José Maria se inscrevia para diversos campeonatos locais de natação para pegar prática. Tinha várias medalhas de prata, bronze e algumas de ouro. As paraolimpíadas estavam próximas e José Maria já estava dando os primeiros passos sozinho. Um dia, em casa, Juliana disse ao marido:
- Amor, você poderia se inscrever nas olimpíadas e não nas paraolimpíadas, afinal, você já está andando.
- Será mesmo? Eu ando sim, mas devagar e posso não dar conta.
- Dará sim, faltam uns seis meses, com mais treino você estará apto.
- Vamos ver.
Os dois moravam de aluguel na Vila Mariana, após o casamento José Maria mudou-se para o apartamento de Juliana porque era maior. Os seis meses passaram rápido e o mundo todo estava alvoroçado com as olimpíadas. José Maria fazia parte da equipe de natação que representaria o Brasil nas olimpíadas em Pequim, na China. O casal viajou para Pequim e ficaria lá até o final das provas de natação. José Maria disputaria a medalha de ouro nos 400 m livres e estava ansioso e preocupado.

- Ju, não consigo ficar tranqüilo.
- Não se preocupe querido, estou torcendo por você.
- A prova final será amanhã às 14h. Tem um chinês e um americano na disputa.
- Eu sei que os americanos estão ganhando muitas medalhas, mas essa vai ser sua.
- Espero.
Foram dormir cedo. No outro dia de manhã, José Maria se reuniu com o treinador e ficou horas a fio dentro da piscina. Duas horas da tarde: tudo pronto. O ginásio estava lotado, via-se o verde e o amarelo por todo lado. Na arquibancada Juliana acenava para o marido na beira da piscina. O árbitro ia dar a largada e os nadadores se posicionaram. Em Xique-Xique Dna. Cândida, Sr. Gonçalo e toda a família de José Maria estava na frente da televisão. O árbitro deu a largada e os três competidores caíram na piscina. A torcida brasileira gritava e Juliana estava apreensiva. O locutor dizia:
- O americano Paul John na raia dois está na frente, mas logo atrás dele está o baiano José Maria na raia um, que está encostando. O chinês Tsuno Nagaia está logo atrás. Parece que José Maria vai ultrapassar o americano! Como é rápido esse rapaz! O americano notou a aproximação, está tentando nadar mais rápido. José Maria está ao lado dele e ultrapassa Paul John! Vai terminar a prova o baiano de Xique-Xique.
Na arquibancada Juliana não se agüentava de aflição. E o locutor continuava:
- José Maria vai conquistar medalha de ouro para o Brasil, medalha que a natação brasileira não conseguiu ganhar nas olimpíadas de Atenas. Ele chegou! É ouro para o Brasil! A melhor marca de tempo, a quarta medalha de ouro brasileira aqui em Pequim.
Juliana pulava de alegria na arquibancada junto com os demais brasileiros e em Xique-Xique a família de José Maria chorava de emoção diante da vitória e superação do filho mais novo. José Maria saiu da piscina e jogou um beijo para a esposa que chorava. O americano Paul John ficou com a medalha de prata seguido de Tsuno Nagaia com a de bronze. José Maria subiu ao pódio feliz e recebeu a medalha que tanto sonhara conseguir.
Após as comemorações da vitória, no hotel, José Maria disse a Juliana:
-Abrirei uma escolinha de natação para deficientes físicos quando voltarmos ao Brasil.
- Ótima idéia meu amor, eu ajudarei. Principalmente agora que teremos companhia.
- Que companhia?
- Estou esperando um filho seu, estou de quatro semanas.
- Meu Deus! Vou ter um filho! É menino ou menina?
- Calma Zé, ainda não dar pra saber, mas acho que é um menino.
- Um menino? Vou ensiná-lo a nadar desde bebezinho. Que emoção, não poderia ser mais feliz!
As olimpíadas acabaram e o Brasil levou quinze medalhas de ouro, vinte e cinco de prata e dez de bronze para casa. O casal voltou ao Brasil e depois de oito meses, nasceu Tiago. José Maria com a ajuda de Juliana e com o dinheiro que recebeu pela vitória, começou sua escola de natação. José doou sua cadeira de rodas para uma instituição de caridade e ficou feliz que o filho tinha nascido sem qualquer deficiência física. Com o rabalho, José Maria adquiriu uma casa e saiu do aluguel. Continuou com os treinos de natação e participou de outras olimpíadas, ganhando outras medalhas.
Alguns anos se passaram e José Maria continuava com sua escola, ajudando àqueles que queriam ser nadadores. Um dia durante uma aula, um de seus alunos aproximou-se dele e disse:
- Professor, quero ser campeão de natação, pode me ajudar?
- Qual é seu nome? Quantos anos têm?
- Chamo-me Arthur e tenho doze anos.
- A idade do meu filho Tiago. Como ficou nessa cadeira?
- Acidente de carro. Perdi o movimento das pernas. Seu filho nada?
- Nada sim, faz aulas aqui comigo.
José Maria ficou pensativo e percebeu que a estória se repetiria. Encheu os olhos de lágrimas e disse a Arthur:
- Não se preocupe, vou fazer de você um campeão como fizeram comigo.
- Poxa, que bom! Quem ajudou o senhor?
- Uma pessoa muito especial que acreditou em mim. E virando-se, viu Juliana entrar com algumas toalhas na mão.


Eglanen Nascimento
28/07/2006

sábado, 19 de dezembro de 2009

Superação - Parte II


Um dia pela manhã, horário que normalmente sua aula de natação começava, algo diferente aconteceu. Como de costume José Maria levava uma bolsa com alguns pertences para a aula: uma touca, um par de óculos de natação e uma toalha. Porém, neste dia, esqueceu seus óculos de natação e não podia nadar sem eles, pois o cloro da água irritava seus olhos. Procurou o professor para informar o problema e sabendo que ele estava de atestado, foi procurar seu substituto. Para espanto de José Maria, o professor substituto era uma linda jovem ruiva. Logo José Maria percebeu a alvura e suavidade de sua pele e o castanho claro de seus olhos. Não imaginava como uma figura tão encantadora poderia estar ali dando aulas para deficientes físicos. Ficou encantado e apenas despertou de seus pensamentos quando a moça veio ao seu encontro.
- Olá, precisa de ajuda?
- Sim, vim procurar o professor Diogo, mas me disseram que ele está de atestado.
- Estou substituindo ele. De que necessita?
- Esqueci meus óculos de natação e não posso ficar sem eles por que tenho alergia do cloro. Você não teria algum para me emprestar?
- Ah sim, claro que tenho! Vou pegá-lo e volto num minuto.
A professora deu as costas para José Maria e ele ficou observando-a pegar na gaveta da mesa os óculos.
- Aqui estão.
- Você ficará por muito tempo?
- Ainda não sei. Diogo ficará três meses afastado. Acho que ficarei esse período com vocês.
- Qual é seu nome?
- Juliana. E o seu?
- José Maria.
- Faz natação há muito tempo aqui?
- Há uns seis meses. Tenho um grande sonho de participar das paraolimpíadas.
- Que interessante. Daqui a quatro anos serão as paraolimpíadas. Por que não se escreve?
- Que isso, preciso de muito treino. Quando participar, não quero fazer feio.
- Posso te ajudar. Sou professora de educação física e como falta um tempo podemos conseguir.
- Os olhos de José Maria brilharam. Você pode me ajudar mesmo?
- Claro! Agora vamos, pois estamos atrasados para sua primeira aula rumo as paraolimpíadas.
O coração de José Maria batia emocionado. Não acreditava que tinha uma chance, mesmo que remota, de ser nadador profissional. Sentia também que seu coração começava a bater mais forte pela professora ruiva de olhos castanhos-claros.
A aula de natação foi um sucesso e nos dias que se seguiram José Maria e Juliana se entenderam muito bem, com a ajuda dela, ele foi aos poucos aprendendo as técnicas de natação para ser um futuro profissional.
Decorridos os três meses, Diogo retornou. Chegara a hora de Juliana deixar o Centro Esportivo e José Maria sentiu que não poderia permanecer ali sem ela. Ao fim de sua última aula com ela, José Maria criou coragem e disse, quando ela virou as costas para guardar o material de natação:
- Não vá, o tempo foi curto, acredito que ainda não estou pronto, preciso de mais treino.
- Diogo poderá ajudá-lo. Além do mais, não vou me mudar, podemos continuar a termos aulas especializadas em outro horário.
- Eu adoraria. Sabe Juliana, talvez você não entenda e nem me aceite, mas me apaixonei por você.
Juliana ficou espantada e sem reação. Ela considerava José Maria muito simpático, mas não havia notado que ele nutria sentimentos por ela.
- José, não sei o que dizer, bem eu...Não sei mesmo...
- Não se preocupe, eu já esperava isso e pode ter certeza que eu entendo.
- Não, não pense assim, não sou preconceituosa, admiro você e te considero uma pessoa maravilhosa, só que me pegou desprevenida.
- Você aceita namorar comigo Juliana?
Juliana ficou pensativa. Gostava de José Maria, ele era forte e decidido e ela precisava de alguém assim ao seu lado, então disse:
- Aceito.
- Como disse? Não entendi direito, você aceita?
- Aceito, não já disse! E Juliana abaixou-se e apoiou-se nos joelhos de José Maria e o beijou longamente. Afastou-se e disse:
- Agora precisamos dar duro nas aulas. Você faz fisioterapia?
- Não, eu ajudo minha família na Bahia, não sobra muito.
- Conseguirei para você umas sessões, quem sabe não volta a andar?
- Seria incrível! Bom, tenho que ir, ainda preciso ir ao trabalho.
- Claro, poderemos nos encontrar à noite no Bar da Vila, pois moro na Vila Mariana.
- Legal. Até mais Ju, à noite nos vemos. José Maria deu um beijo em Juliana e ambos tomaram seus rumos.
O encontro da noite se passou às mil maravilhas e o romance decolou. Juliana se alternava entre as aulas na academia à tarde e as sessões de fisioterapia e as aulas de natação de José Maria. Ele escrevera para a mãe contando a novidade do namoro e Dna. Cândida ficara muito feliz pelo filho. Disse que queria em breve, conhecer a nora.
Um ano e meio já havia passado e as expectativas iam aumentando. Um dia, durante a aula de natação, José Maria chamou a atenção de Juliana.
- Amor, olha aqui uma coisa.
- O que Zé? E virou-se para olhar o namorado. Levou um susto quando viu José Maria em pé, se apoiando na cadeira de rodas. – Não acredito! E correu e abraçou José. – Eu não disse que você poderia voltar a andar!
- Eu sei. Não estou andando ainda, mas sinto que logo logo conseguirei. Parece um sonho, pois desde criança vivo nessa cadeira de rodas. Eu devo tudo isso a você amor.
Juliana com os olhos cheios de lágrimas beijou José. Ele sentou-se de novo na cadeira.
- Você quer se casar comigo?
(Continua...)

sábado, 12 de dezembro de 2009

Superação - Parte I

José Maria Ferreira chegara enfim em casa. O dia tinha sido cansativo e para alguém na sua situação tudo se complicava ainda mais. José Maria sofrera um acidente de carro quando criança e perdera o movimento das pernas. Por esse motivo, se locomovia por meio de uma cadeira de rodas que ganhara com muita dificuldade, contando com a ajuda da população de seu pequeno bairro na cidade de Xique-Xique, Bahia.

Desde moleque José Maria gostava de água, e sempre que podia, ia com seus amigos tomar banho de rio. Seu maior sonho era o de se tornar nadador profissional e concorrer nas olimpíadas, mas a paralisia destruiu seu maior sonho. A família de José Maria sempre fora muito pobre e nunca teve condições de ajudar o filho que jamais desistira de realizar seu sonho. Após completar vinte anos, e com algumas economias guardadas pela família, José Maria se mudou para a cidade de São Paulo onde aprendeu a arte da taquigrafia e se tornou taquigrafo do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.
Depois de três anos vivendo em São Paulo, a vida de José Maria estava indo bem e com o salário que recebia no tribunal, ajudava a família que ficara na Bahia. Nas oportunidades que tinha ia fazer aulas de natação no Centro Esportivo próximo a sua casa em Santo André. Ele morava sozinho em um apartamento e como lidara com as dificuldades de sua deficiência desde criança, sempre conseguiu se virar sozinho em casa. No entanto, José Maria se sentia só, pois desde que chegara a São Paulo, não havia encontrado nenhuma namorada que o aceitasse com seu problema. A mãe de José Maria, Dna. Cândida, nunca aceitou totalmente a ida do filho caçula para São Paulo. Acreditava ela, que ele não cuidaria de si direito e temia que sofresse frustrações em uma cidade grande. Já o pai, Sr. Gonçalo, acreditava que o filho tinha muita força e persistência e conseguiria realizar seu sonho de ser nadador. Enquanto a família na Bahia torcia por ele, José Maria prosseguia sua vida trabalhando no Tribunal e fazendo suas aulas de natação.
(Continua...)

Poesia...

A poesia é mais do que a reunião simples de palavras que exprimem o cotidiano, os sentimentos, a beleza, a natureza, a existência.
A poesia é a essência, é a harmonia que transcende a vida humana.
Eglanen Nascimento

Escritor de "mão cheia"

Um dia, peguei-me me perguntando o que sabia fazer, afinal, queria entrar para a faculdade, mas não tinha uma idéia exata do curso. Pensei que poderia fazer Jornalismo, pois, na escola, durante o ensino médio, meus professores de Português sempre elogiaram minhas redações e sempre tirei notas altas nas provas da disciplina. A partir disso, achei que sabia escrever bem, produzia vários poemas e contos e cheguei até a escrever um livro, diga-se de passagem. Mas não era só por isso que pensei em fazer esse curso, eu queria com meus textos denunciar a corrupção, mostrar a população que os políticos que nós elegemos estão aí, ganhando milhões enquanto estamos sem segurança, sem remédios e tantas outras coisas mais. Queria abrir os olhos das pessoas para as diferenças sociais. “Chocar” era o que eu sempre quis, pois quem sabe as pessoas não abririam os olhos e fariam alguma coisa por esse País e pelo resto do mundo também.

Prestei vestibular. Agora conheceria gente nova, veria coisas diferentes. Muito animado, comecei a faculdade, mas logo de cara, no primeiro semestre, não gostei muitos das disciplinas: aquele curso não era Jornalismo? Pra que Filosofia? E Sociologia então? O que é Metodologia Científica? Pra mim, a única matéria que podia se salvar era Psicologia da Comunicação. Amarrei-me no estudo do comportamento humano, nas teorias de Freud, no Behaviorismo e na Gestalt.
A coisa começou a melhorar a partir do segundo semestre, quando tive o primeiro contato com Técnicas de Reportagem e Fotografia I. Mas, se fosse só isso... “Teoria da Comunicação I”. O conteúdo era bom, o que não era nada boa era a professora, muita fechada, dava medo falar com ela. O tempo foi passando, chegou o terceiro semestre e não ia surgindo muitas novidades. No quarto semestre, a faculdade mudou de prédio, um prédio novinho e amplo. A mudança me pareceu legal e, agora, com laboratórios de rádio, tv e ilha de edição, o curso poderia ficar mais interessante.
O quarto semestre foi uma monotonia. Entrei em crise de identidade. Será que era isso mesmo? Não, não era Jornalismo. Deveria ter feito Direito, era isso. Eu tinha me enganado, não sabia escrever nada, essa era a verdade, principalmente porque o tal do “lide” me perseguia: “O que?”, “Como?”, “Onde?”, “Quem?”, “Por que?” e “Quando?” . “Tem que responder no mínimo quatro!”, era a recomendação dos professores de redação jornalística. Que tormento! Isso não era nada, a disciplina Sistemas de Informação era de matar qualquer um. O professor era gente boa, mas a matéria dele não me acrescentou nada e sempre achei que ele não ia muito com a minha cara.
Ah! O quinto semestre, desse eu gostei (mesmo não tendo saído da minha crise de identidade), as matérias eram atraentes, principalmente Ética e Radiojornalismo. Apaixonei-me por rádio, de uma hora pra outra me convenci que seria nesse veículo que iria trabalhar depois de formado, me via dentro do estúdio “interpretando” as matérias, mas meus textos nunca saiam muito bons e mesmo gostando do radiojornalismo, pensei em desistir e seguir carreira ligada à informática: webjornalismo. Meu professor de web sempre elogiou minhas matérias e um dia, no fim do semestre, disse que eu ia longe. Acreditei nele, pensei até em fazer meu produto de conclusão de curso um site de notícias, mas não levei a idéia adiante.
A partir daqui eu pensei que enlouqueceria. Meu Deus! Os trabalhos iam se multiplicando, os professores cobrando cada vez mais e meu tempo escasso, nossa! Pensei que não daria conta. (Obs.: Acredito que os professores acham que não trabalhamos, pois entopem a gente de trabalhos e ai de atrasar um dia a entrega!) Só que eu tenho que trabalhar para bancar a faculdade! Não tenho família rica, não dá pra abandonar o serviço e me dedicar totalmente à faculdade, se fosse assim, nunca terminaria o curso porque a mensalidade pode não ser a mais cara, mas que arranca o coro arranca! A partir do sétimo semestre foi pior ainda, pois tinha que estagiar (é obrigatório). E como conciliar isso com o trabalho o dia inteiro? Não é mole! E para piorar minha situação tive que começar a temível monografia! Vou falar sobre o quê? Eu não sei, são tantas coisas! É cheia de normas da tal ABNT, não pode isso, não pode aquilo! Todo mundo que me falou como foi, disse que não era fácil. Entrei em pânico! Comecei a pesquisar, a comprar livros disso, daquilo, e cheguei a um tema: “A reportagem investigativa no rádio”. A professora de rádio adorou, me disse que daria inúmeras dicas de bibliografias. Então, dei início ao TCC.
Aos trancos e barrancos conciliei os quatro: trabalho, estágio, faculdade e monografia. Estagiava de manhã, corria para o trabalho à tarde, depois rastejava para a faculdade à noite e tomava energético de madrugada. A minha crise de identidade ia e vinha e, às vezes, tinha vontade de largar a faculdade e começar algo novo e, outras vezes, refletia. Era melhor persistir porque poderia dar certo e minha opinião sobre mim poderia ser falha, afinal, eu escrevia bem na escola não escrevia?
Oitavo semestre. Enfim, concluí minha monografia, 100 páginas! Meu produto foi um programa de rádio com reportagens investigativas. Ainda bem que minha orientadora era prestativa, me deu aula desde o quinto semestre, tínhamos um relacionamento bom, ela sempre me auxiliava nas diversas dúvidas. Apresentei para a banca examinadora e minha nota foi 10, não podia ser outra, do tanto que me matei. Depois de tudo isso, estive pensando seriamente, minha crise passou e eu decidi: quando receber o diploma, daqui a uns meses, colocarei num quadro na parede da minha sala e começaria outro curso: “Estória”. Hoje, depois de tanto esforço entendo a importância da Sociologia e da Filosofia para o Jornalismo. No entanto, não vou seguir carreira jornalística, acho que “Estória” combina mais comigo!

Assinado: aspirante a “estoriador”
EN - Julho/2006

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Imagem é tudo!


É por isso que eu adoro comunicação, não é à toa que sou jornalista! Adorei a capa da revista Brasília Em Dia desta semana. Imagem é tudo mesmo!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Amar dói?!

Já ouvi dizer por ai que amar dói. Não me lembro quem disse ou comentou. Mas posso dizer com conhecimento de causa que amar não dói, o que dói mesmo é o quase, é a incerteza, é a ansiedade...o que dói mesmo é a ausência do ser amado, sem expectativas de encontro, de correspondência...Amar mesmo, não dói não, traz felicidade! EN

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Faces, de Eglanen Nascimento

De um lado existe um sentimento especial, uma amizade, carinho, cumplicidade... Do outro, porém, não existe nada mais além do silêncio, da carência que não é preenchida, de uma distância e frieza imaturas...

Uma face ri, a outra chora... A indecisão é permanente e a insanidade passa perto dela...

Dá saudade, angústia, inquietação. A verdade não é dita porque nem ao menos descoberta ela foi ainda e não é possível saber se ela existe, pois pode passar despercebida...

Uma demonstra saudade, e a outra? Piedade. Há uma pedra no meio do caminho precisando ser removida... Ela representa as lembranças que me mantém presa. Essa pedra é pesada e não foi por falta de tentativas que não foi retirada. Ela é tão fortemente impenetrável, que chego às vezes pensar que não há possibilidades de retirá-la... Seu peso é um fardo difícil de carregar...

Há tanto ainda o que viver, a vida é cheia de fronteiras a serem ultrapassadas. Ainda não sei que caminho trilhar...

Uma face minha exulta e acredita... Mas a outra obscura permanece na miserável indecisão... E reluta constantemente em ir à busca da tão sonhada libertação...

Nossa exuberante Amazônia!

Feliz Natal!

Natal, época de renovações, de expectativas e principalmente de agradecimentos. Pelo ano que termina, pelas bênçãos recebidas e pelas tribulações também, pois são por meio delas que nos tornamos mais fortes para enfrentar os anos que virão.

Feliz Natal e Próspero Ano Novo!!!!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Romantismo...

Será que o romantismo é uma coisa ruim nesses tempos modernos em que vivemos? Às vezes me pego pensando sobre o assunto. Sou bastante romântica, diga-se de passagem, adoro músicas da década de 60 a 80, adoro receber flores, choro numa cena de filme ou novela romântica, fico sensível com gestos de carinho, adoraria fazer um cruzeiro acompanhada de alguém especial e ficar perdida numa ilha deserta com alguém também não seria má idéia.
Adoro poesias e na época da escola curtia muito estudar o Romantismo. Parece meloso ou brega demais não é?! Mas eu não acho! Sentir é muito bom, quem não gosta?! Se apaixonar ou ser amado?! Só que parece que no século XXI as pessoas não sabem mais o que é isso, não amam mais, não sentem mais, tornarmo-nos a “bola da vez”, entramos na vida de uma pessoa e muitas vezes sem qualquer emoção passamos um período que se antes era curto, agora está ínfimo.

Os relacionamentos hoje de tão curtos não dão mais tempo de se descobrir um ao outro porque logo as pessoas se cansam e buscam outra “bola da vez” para mais uma aventurinha sem grandes compromissos. Acredito que está faltando romance, amor na vida das pessoas. A modernidade transformou todos, o que se vê é apenas curtição, pegação, sexo, bebida ou coisa bem pior.
Enfim, brega ou não, eu sou a favor de sentir os olhos brilharem, as mãos suarem, o coração palpitar, a emoção tomar conta de todo o corpo. Quem não quiser tudo bem, é direito, mas eu ainda sou adepta do amor!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

FEEDBACK




Oi pessoal! Dando uma olhada hoje na revista da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), de São Paulo, me deparei com um artigo sobre feedback, ou seja, o processo de comunicação no qual recebemos retorno sobre algo. Como cita o autor do artigo, é uma "realimentação" ou um "nivelamento de percepção".

Achei interessante porque estudei o assunto em umas das disciplinas da pós-graduação e me caiu como uma luva! Compartilho com vocês, espero que gostem!

sábado, 21 de novembro de 2009

O difícil facilitário do verbo ouvir

Recebi esse texto de um professor no curso de pós-graduação. Achei muito bacana, decidi compartilhar com vocês!
Um dos problemas de comunicação, tanto de massas como a interpessoal, é o de como o receptor, ou seja, o outro, ouve o que o emissor, ou seja, a pessoa falou. Numa mesma cena de telenovela, notícia de telejornal ou num simples papo ou discussão, observo que a mesma frase permite diversos níveis de entendimento. Numa conversação dá-se o mesmo. Raras, raríssimas, são as pessoas que procuram ouvir exatamente o que a outra está dizendo.
Diante desse quadro, vendo desenvolvendo uma série de observações e como ando bastante entusiasmado com a formulação delas, divido-as com o competente leitorado que, por certo, me ajudará passando-me as pesquisas que tenha a respeito.
Observe que:
1 - Em geral, o receptor não ouve o que o outro fala: ele ouve o que o outro não está dizendo.
2 - O receptor não ouve o que o outro fala: ele ouve o que quer ouvir.
3 - O receptor não ouve o que o outro fala: ele ouve o que já escutara antes e coloca o que o outro está falando naquilo que está acostumado a ouvir.
4 - O receptor não ouve o que o outro fala: ele ouve o que imagina que o outro ia falar.
5 - Numa discussão, em geral, os discutidores não ouvem o que o outro está falando. Eles ouvem quase que só o que estão pensando para dizer em seguida.
6 - O receptor não ouve o que o outro fala. Ele apenas ouve o que gostaria de ouvir o que o outro dissesse.
7 - A pessoa não ouve o que a outra fala. Ela apenas ouve o que está sentindo.
8 - A pessoa não ouve o que a outra fala. Ela ouve o que já pensava a respeito daquilo que a outra está falando.
9 - A pessoa não ouve o que a outra está falando. Ela retira da fala da outra apenas as partes que tenham a ver com ela e a emocionem, agradem ou molestem.
10- A pessoa não ouve o que a outra está falando. Ouve o que confirme ou rejeite o seu próprio pensamento. Vale dizer, ela transforma o que a outra está dizendo em objeto de concordância ou discordância.
11- A pessoa não ouve o que a outra está falando. Ouve o que possa se adaptar ao impulso de amor, raiva ou ódio que já sentia pela outra.
12- A pessoa não ouve o que a outra está falando. Ouve da fala dela apenas aqueles pontos que possam fazer sentido para as idéias e pontos de vistas que no momento a estejam influenciando ou tocando mais diretamente.
Esses doze pontos mostram como é raro e difícil conversar. Como é raro e difícil comunicar-se! O que há, em geral, ou são monólogos simultâneos trocados à guisa de conversa, ou são monólogos paralelos, à guisa de diálogo. O próprio diálogo pode haver sem que necessariamente haja comunicação. Esta só se dá quando ambos os pólos se ouvem, não, é claro, no sentido de "escutar", mas no sentido de procurar compreender em sua extensão e profundidade o que o outro está dizendo.
Ouvir, portanto, é muito raro. É necessário limpar a mente de todos os ruídos e interferências do próprio pensamento durante a fala alheia.
Ouvir implica uma entrega ao outro, uma diluição nele. Daí a dificuldade de as pessoas inteligentes efetivamente ouvirem. A sua inteligência em funcionamento permanente, o seu hábito de pensar, avaliar, julgar e analisar tudo interferem como ruído na plena recepção daquilo que o outro está falando.
Não é só a inteligência a atrapalhar a plena audiência. Outros elementos perturbam o ato de ouvir. Um deles é o mecanismo de defesa. Há pessoas que se defendem de ouvir o que as outras estão dizendo, por verdadeiro pavor inconsciente de perderem a si mesmas. Elas precisam "não ouvir" por que "não ouvindo" livram-se da retificação dos próprios pontos de vista, da aceitação de realidades diferentes das próprias, de verdades idem e assim por diante. Livram-se do novo, que é saúde, mas as apavora. Não ouvir é, pois, um sólido mecanismo de defesa.
Ouvir é um grande desafio. Desafio de abertura interior; de impulso na direção do próximo, de comunhão com ele, de aceitação dele como é e como pensa. Ouvir é proeza. Ouvir é raridade. Ouvir é ato de sabedoria.
Depois que a pessoa aprende a ouvir, ela passa a fazer descobertas incríveis escondidas ou patentes em tudo aquilo que os outros estão dizendo a propósito de falar.
(Artur da Távola, "O Globo", 04/02/79).

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Boa leitura!





















Olá!!!! Hoje quero indicar a trilogia Millennium, do jornalista Stieg Larsson. Os homens que não amavam as mulheres (1), A menina que brincava com fogo (2) e A rainha do castelo de ar (3) são uma boa pedida para quem gosta de leitura regada a muito suspense, jornalismo e paixões. Podem ser encontrados nas principais livrarias, com preços entre R$ 39,50 e R$ 42,50. Vale a pena!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Cidadania

Hoje eu estava refletindo sobre a participação de cada um de nós, brasileiros, no processo de tomada de decisões que dão os rumos para o País, como poder participar, por exemplo, da indicação de uma emenda ao orçamento, aprovado anualmente pelo Congresso Nacional até 22 de dezembro.

O orçamento é só uma das tantas decisões que acontecem nos três poderes, em Brasília. Eu trabalho na Câmara dos Deputados há três anos e já assimilei muito do que é tratado lá, mas bem que gostaria de trabalhar no Judiciário e no Executivo como forma de me interar sobre os processos nesses poderes também. Acredito que esse tipo de experiência traria a nós um pouco mais de um sentimento de cidadania, de pertencimento, até porque facilitaria quando fossémos executar nosso "poder maior" enquanto cidadãos: o voto. Talvez, votássemos mais conscientes!Lógico que essa possibilidade é irreal, mas interessante, isso seria!

Tá certo que há pessoas que pouco se importam para o que acontece no centro do poder, e até os que se interessam têm seus momentos de "chutar o balde". Entretanto, estaríamos mais ligados naqueles que colocamos como nossos representantes, sem contar que escolheríamos melhor, afinal, estaríamos "cuidando do que é nosso", como muitos de nós, confessadamente eu, negligenciamos. No caso da LDO e LOA, quem tiver interesse, há uma cartilha bem legal que explica tudinho no endereço :http://intranet2.camara.gov.br/internet/orcamentobrasil/cidadao/entenda. Abraços!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Envelhecimento

Alguém já assistiu o filme O curioso caso de Benjamin Button? A idéia de alguém nascer velho e morrer jovem é bem estranha. Mas o que quero discutir hoje é que depois que vi o filme fiquei pensando no envelhecimento. Querendo ou não ficaremos velhos e como enfrentar as rugas?

Acredito que o assunto é preocupação de 99,99% das pessoas. Por coincidência, a revista Veja discute o assunto esta semana. "Estudo descobre gene que ajuda a viver mais". Uma enquete: Será que vale a pena se desgatar combatendo a velhice, já que ela chegará de qualquer forma para todos?!

As angústias da subtituição

Com os tempos modernos, vivemos contra o relógio, correndo, sempre correndo. Mas para que? Temos que ser profissionais, mães, pais, amigos, maridos, esposas, e tantas outras coisas mais e nem sempre sobra tempo para nós mesmos, dai o corpo começa a reclamar: dores, cansaço, fadiga, estresse. Porque agimos assim?!
Penso ser o medo da substituição. Como todos nós adotamos que "ninguém é insubstituível", nos matamos para sermos aceitos pelo parceiro, pelos amigos, mas ainda pior, nos matamos para manter o emprego. Não podemos nunca tirar férias, recesso ou mesmo nos afastar demais durante um feriado. O medo de perder nosso espaço nos assombra diariamente, então, haja o que houver descanso jamais!
Pecamos muito quando pensamos assim, principalmente com relação ao bem estar do nosso corpo, da nossa mente. Não estou aqui incitando alguém a deixar de se preocupar com seu espaço, mas apenas de ir mais devagar, com cautela, afinal, se não cuidarmos de nós, se não nos dermos um tempo, é bem possível que perderemos espaço sim, mas não em decorrência de negligência nossa, mas de coisa bem pior...É bom refletirmos a respeito!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sem carne, sem osso

Bom dia!

Gostaria de escrever hoje sobre a matéria de capa da revista Carta Capital, edição 571, "A gueixa do futuro, ligada na tomada". Os japoneses já estão bem à frente dessa nova empreitada: mulheres-robô feitas para servir. De acordo com a matéria serão utilizadas para serviços domésticos, enfermeiras e alguns mais aficionados já pensam no sentido erótico da coisa...


A verdade é que muitas mulheres podem questionar esse novo "brinquedinho", que diga-se de passagem, ainda não cabe no bolso de qualquer um. Já os homens podem imaginar a mulher perfeita na versão mais aperfeiçoada da boneca inflável. Tema polêmico para os gêneros...

Gostaria de realizar uma pesquisa: o que vocês acham do assunto? Influenciará ou não no futuro dos relacionamentos que já hoje percebemos desgastados por vários fatores?! Será apenas mais uma novidade da tecnologia?! Opinem!!!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Downloads de livros

Eu adoroooooo ler! Principalmente livros de suspense e policial. Amo a escritora inglesa Agatha Christie e muitos livros dela li por meio de e-books. Se alguém tiver interessado, tenho vários títulos dela, como de outros autores também. Podemos trocar figurinhas! Entrem em contato!

Diploma de Jornalismo 2


Diploma de Jornalismo

A Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania da Câmara aprovou a PEC 386/2009 que exige diploma de curso superior para exercer a profissão de jornalista. Agora será criada uma comissão especial para analisar o assunto. Torcendo sempre para vencermos!!!! ;)

Uma vida...

A gente tem costume de dizer “isso é uma vida” para se referir à passagem de vários anos. Mas se levarmos em consideração a evolução da vida, o desenvolvimento embrionário, etc, quanto tempo poderia ser chamado de vida? Um minuto? Um segundo? Fica difícil definir! Mas acredito que vida é desde o momento em que, durante um ato de amor, dois seres geram um fruto!
"A segurança de que nada nos atingirá provém de sermos nós mesmos em todos os momentos..."

“Quando se está insatisfeito, a mudança é mais que necessária; deve ser uma busca contínua.”

“Os amigos devem ser amigos o tempo todo, não apenas em alguns momentos...A amizade deve estar acima da superficialidade”.
Olá! Estou voltando aos poucos com as postagens!

"Não revelar a você meu amor, seria como roubar-lhe o direito que tem de conhecê-lo, mesmo sabendo que você poderia não correspondê-lo...não revelá-lo, seria como roubar de mim mesma a chance de descobrir que você poderia me amar também, ou quem sabe, perder a chance de fazer você vir a me amar um dia".

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Nossa...Faz muito tempo que eu não posto conteúdos, mas irei retornar em breve pessoal! Aguardem-me!

domingo, 26 de abril de 2009

A sorte


O que vem a ser sorte? Destino ou acaso como dizem nossos dicionários? Ou simplesmente porque chegou a hora e pronto? Muitos dizem: Nossa, quase fui atropelado hoje, tive sorte! Ou: passei na prova mais difícil, que sorte eu tive! Eu mesma já disse coisas do tipo muitas vezes e, no entanto, sempre passou pela minha cabeça a questão da sorte realmente existir.

Outro dia me peguei pensando em comprar um título de capitalização para ganhar um dinheirinho extra e arrumar minha vida. Mas, todavia, pensei em como faria para que meu título fosse sorteado e eu ganhasse. Pensei na sorte, nunca a tive antes, imaginei que talvez fosse essa a minha chance. Pode parecer despeito meu com a sorte, mas não a levo muito a sério. Será por isso que nunca consegui ganhar nada em bingos, sorteios, etc? Quem sabe!

Leio sempre nos jornais: fulano de não sei de onde ganhou sozinho na mega sena. E eu penso: Meu Deus, como essa pessoa fez para conseguir essa proeza? Sorte? Circunstâncias? Bem, a coisa é certa, muita gente consegue. Observemos o mais famoso programa brasileiro de “distribuição” de dinheiro: o programa Silvio Santos! Ora, todos os domingos têm sorteios de casas, carros, barras de ouro, milhões e milhões e o que fazem aqueles indivíduos todos que ganham? Fé? A fé pode ser confundida com a sorte? Não sei não... E o que determina essa sorte? Será que eu ganharia facilmente só por comprar as telesenas e carnês do Baú da Felicidade? Jogar na loteria será que adiantaria? Não tenho tanta certeza não, seria muita felicidade...

Deixemos os jogos de lado. Um acidente de carro, a pessoa envolvida sobrevive, é sorte? Acredito que exista uma força maior que nomeamos como sorte. Ta, até ai tudo bem. Existe a fé, a esperança, sentimentos que contribuem para um fato positivo acontecer. Acredito muito nessas duas, acredito também que um pensamento positivo faz a diferença. Mas ainda não explicam a sorte. Trevo de quatro folhas? Pé e dente de coelho trazem mesmo a tão almejada sorte? Superstição, pura e simples superstição. Não tenho embasamento científico para comprovar a existência da sorte ou o contrário. Mas indago muito sobre isso e até penso: não será Deus o mentor da sorte? Será que não é ele que determina se essa ou aquela pessoa precisa, por exemplo, ganhar na loteria? Mas se fosse assim, porque tanta gente rica ganha? Não precisam, e então? Poderia-se dizer que Deus em algumas ocasiões interfere e as coisas acontecem, mas por outro lado, o que dizer dos “sortudos” de plantão? Desses nada se sabe...

Convém dizer que a sorte é na língua portuguesa um substantivo abstrato e pode-se até dizer que é o antônimo da palavra azar, por exemplo. A explicação dela se encontra nos vários dicionários espalhados por aí e o resto, bem, o resto é apenas crendice humana. Eu por exemplo, no fundo no fundo não passo de admiradora da sorte e aumentarei ainda mais minha admiração no dia em que me for apresentada a ela!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Os interesses do ser humano

As pessoas sempre têm planos para a vida: se formar, profissionalizar, arranjar um trabalho com um nível salarial considerável para manter as mínimas regalias e, quem sabe, encontrar um amor e constituir família.

Mas será que todo mundo quer realmente isso? A resposta poderia ser NÃO, já que cada pessoa constrói sua vida em cima de pilares diferentes, mas a verdade é que a resposta é SIM, todos queremos essas coisas para nossa vida! E por quê? Porque quando pulamos uma dessas etapas, a sensação é de que está faltando algo, que não estamos completos!

Muitas pessoas preferem dedicar atenção a determinado setor, principalmente o financeiro. Fazer faculdade, prestar um concurso público, e se dizem satisfeitas com suas vidas ao deixarem de lado um amor, um casamento, um filho. Mas a verdade é que o vazio sempre fica.

Na realidade, para nos tornarmos completos, precisamos de tudo isso! Se dedicar a uma profissão, ter muito dinheiro, sucesso, etc, muitas vezes ou quase todas às vezes fica sem sentido sem a presença do amor.

Por isso, vamos buscar crescimento pessoal sim, mas vamos levar em consideração também que tudo isso se torna nada, lá no final, pois quando envelhecemos e morremos o que fica mesmo é o amor que doamos e que recebemos, não apenas o conjugal, mas o de amigo, o de filho, o dos pais, o dos irmãos. O amor em todos os sentidos! Pensem nisso!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O passado

Ah o passado! Na maioria das vezes esquecemos os momentos que vivemos no passado e até afirmamos que “quem vive de passado é museu”. Mas a bem da verdade, o passado diz muito sobre o que somos e sem sombra de dúvidas foi ele que formou parte de nossa personalidade.

Esses dias mesmo me peguei envolvida por fatos do meu passado. Revivi emoções, lembranças e tive a oportunidade de saber coisas que eu desconhecia e que diferença faria hoje, se eu tivesse sabido há tempos! Foi um encontro incrível para falar a verdade. Até entrei numa longa discussão sobre o assunto com alguns amigos que concordaram comigo: o passado guarda acontecimentos de vários tipos, mas os doces têm um quê de especial, que nunca são apagados, apenas ficam na lembrança e conservam uma fagulha de emoção dentro da gente! E o que mais impressiona é que vivemos o presente, mas com uma necessidade incrível de reencontrar o passado! É a conhecida nostalgia!

O encontro com partes da minha vida me fez buscar outras lembranças boas da infância e da adolescência. Senti vontade de rever amigos de 10, 15 anos! Saber como estão, o que fazem e se assim como eu têm saudade dos velhos tempos! Quem não tem necessidade de reencontrar um amor da adolescência, um amigo de infância ou simplesmente alguém que nunca foi esquecido?!

Não aconselho realmente alguém a viver no passado, até porque a vida se constrói a cada dia, com fatos novos e emoções novas! Mas não significa dizer que não se pode construir um futuro baseado no passado. Isso quer dizer que o passado e o presente podem se misturar a qualquer momento para se construir um futuro, só basta estarmos vivos! Então, fica ai uma reflexão sobre o passado. Eu gostei de reaver alguns momentos do meu. E você, também tem essa necessidade?

(Imagem: Google Imagens)

domingo, 12 de abril de 2009

A riqueza do trabalhador brasileiro

O trabalhador brasileiro sofre. Sofre todos os dias ao acordar cedinho, às vezes até antes do galo cantar, somente para levar o sustento à família. Alguns ainda persistem um pouco mais e têm pretensões maiores trabalhando e poupando, para quem sabe, conseguirem enriquecer um dia. Certa vez ouvi alguém dizer mais ou menos assim: “ assalariado não enriquece, consegue até manter um padrão de vida, mas não consegue enriquecer trabalhando sempre para o crescimento alheio e não para o seu”.
Quando ouvi isso, passou um filme diante dos meus olhos: aqueles trabalhadores do Nordeste, pobres trabalhadores brasileiros que labutam na roça todos os dias em meio ao sol escaldante para receberem um salário medíocre, que mal dá para o sustento da casa, e ainda precisam pagar os tributos cobrados pelo governo. Esses brasileiros marginalizados desconhecem o destino desse dinheiro suado e o que seja ICMS, IPVA, ITD, IOF, IR, IPTU, ITBI, ISS entre muitos outros, sem contar é claro a CPMF (hoje extinta), cobrada nas transações financeiras que muitos trabalhadores nem têm conhecimento por não possuírem contas bancárias. Algumas pessoas utilizam o termo “os impostos pesam no bolso do contribuinte”, mas o melhor termo seria “esvazia o bolso do contribuinte”, deste que desconhece essas siglas porque no final do mês sem dinheiro e, além do seu bolso, o estômago também fica vazio.
Nessa circunstância, ao pobre só resta uma solução: roubar. Roubar para matar a sua fome e a de sua família, mesmo que seja um mísero pão. Nessas horas em que a fome aperta e o desespero toma conta o pobre trabalhador rouba e esta ação o leva para a cadeia. Não tem dinheiro para pagar fiança muito menos advogado e acaba ficando por ali mesmo até o dia em que...Bem, o dia em que a sua família irá velar seu corpo por alguma desavença na prisão.
Enquanto o pobre trabalhador sofre por querer apenas saciar uma de suas necessidades básicas, o verdadeiro crime acontece nos bastidores do poder em Brasília. A impunidade rola solta para os Marcos Valérios, Delúbios e Dudas da vida.
Para findar ressalto que assalariados enriquecem sim, não o humilde brasileiro, aquele que trabalha duro de sol a sol, mas os deputados do mensalão, esses enriquecem rápido e alguns nem têm onde guardar tanto dinheiro que até o escondem dentro da cueca. E o povo brasileiro? Ah meu amigo, o povo brasileiro continua na mesma: miserável e sem direitos...

Por que rabiscar é preciso?

Rabiscar significa poder expor pontos de vista sobre diferentes assuntos da vida. Nem sempre é preciso uma análise aprofundada, como fazem muitos por ai, mas apenas refletir sobre algo e expor essa reflexão, afinal, é sempre bom emitirmos opinião sobre tudo o que nos cerca e consequentemente nos afeta! Por isso, rabiscar é preciso!