quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Faces, de Eglanen Nascimento

De um lado existe um sentimento especial, uma amizade, carinho, cumplicidade... Do outro, porém, não existe nada mais além do silêncio, da carência que não é preenchida, de uma distância e frieza imaturas...

Uma face ri, a outra chora... A indecisão é permanente e a insanidade passa perto dela...

Dá saudade, angústia, inquietação. A verdade não é dita porque nem ao menos descoberta ela foi ainda e não é possível saber se ela existe, pois pode passar despercebida...

Uma demonstra saudade, e a outra? Piedade. Há uma pedra no meio do caminho precisando ser removida... Ela representa as lembranças que me mantém presa. Essa pedra é pesada e não foi por falta de tentativas que não foi retirada. Ela é tão fortemente impenetrável, que chego às vezes pensar que não há possibilidades de retirá-la... Seu peso é um fardo difícil de carregar...

Há tanto ainda o que viver, a vida é cheia de fronteiras a serem ultrapassadas. Ainda não sei que caminho trilhar...

Uma face minha exulta e acredita... Mas a outra obscura permanece na miserável indecisão... E reluta constantemente em ir à busca da tão sonhada libertação...

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