terça-feira, 12 de julho de 2011

A vida como ela é: a bordo dos coletivos

Pegar ônibus diariamente é sempre uma canseira. Eu, que aos 27 anos ainda não comprei um carro (:O), enfrento os sacateados veículos do transporte público. O problema maior é quando acontecem as famosas greves. Rola aquele sofrimento: o ônibus vai tão apertado que se tentar descansar a perna e levantar o pé é  possível não encontrar mais espaço quando tentar pisar no chão novamente. Outro dia fui sentada no motor lá na frente, um calor insuportável e ainda tinha um senhor querendo me levar para Patos de Minas, "cidade das moças bonitas" segundo ele. 

Mas a indignação maior ao andar pelos coletivos do nosso querido DF não são só as cantadas baratas, bancos sujos (quando se consegue sentar!) ou o sentimento de sardinha enlatada, principalmente quando vejo entrar aquele cara de calça social, engomadinho, com uma mochila ENORME nas costas não ter coragem de tirar e colocar junto aos pés, tem que ficar dando mochiladas nas pessoas ao redor. Mas fico ainda por demais endiabrada quando vejo aqueles homens robustos ou aquelas moças bonitinhas sentados nos bancos destinados a idosos, deficientes e mulheres com crianças de colo. Já vi idosos em pé, na frente de cidadãos como esses e eles fingindo que não viam nada! Tá certo que todos que entram pagam passagem, mas cadê a educação? Olha, nessas horas dá uma vontade de descer do salto e falar poucas e boas! O nosso povo reclama que não tem seus direitos reconhecidos, mas na hora de ceder o lugar no ônibus para um idoso faz o que mesmo? Não reconhece o direito de alguém mais necessitado! 

Quero dar aqui só um lembrete: querer ter direito sem atentar para o direito do próximo não é sinônimo de respeito, muito menos de cidadania. Eu espero aos meus 70, 80 anos não precisar do transporte público da nossa cidade, mas se precisar, desejo sinceramente que os netos de todos nós tenham uma educação diferente dessa da geração atual. Meus filhos poderão não ter muitas coisas, mas reconhecer o direito alheio e ter respeito pelo próximo, ah isso vão ter! 

E enquanto isso, vou me mantendo no salto para não bater boca com muita gente mal educada nas viagens diárias que faço de buzão! ;)

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