quarta-feira, 6 de outubro de 2010

As dores de uma mulher


Não quero ser piegas ou redundante ao falar sobre as dores de uma mulher. Passou o tempo em que mulher era vista apenas como o sexo frágil. Talvez no sentido de força física, somos mesmo inferiores aos homens, porém, aguentamos muito mais dores do que possam imaginar.

Qual a mulher que não sofre com cólicas todos os meses? Ou aquela que tem um parto normal? E aquelas mulheres que sentem o que é a tortura de um abuso sexual ou da violência doméstica? Eu detesto ver cenas de violência contra a mulher, principalmente a sexual. Esses dias assistindo um filme de madrugada vi uma doente mental sendo violentada por dois homens. Fiquei com mal-estar horrível e imaginando o que deve rolar nessas clínicas psiquiátricas mundo a fora, com a incapacidade e o abandono das muitas que vivem ali.

E quando a dor é na alma? Quando sofremos por amor até sentir o coração despedaçar ou quando a impotência nos amarra diante da doença de um filho, da morte de um ente querido? Definitivamente não é fácil ser mulher. Principalmente numa sociedade como a nossa onde até hoje, em pleno século XXI, o machismo impera e a violência reina. As leis que criaram para nos proteger muitas vezes ficam só no papel. Nesses casos, só sobram o silêncio e o medo constante de morrer.

No entanto, apesar de todas as dores que cada mulher sente ou sentiu na vida, ainda assim é guerreira e batalha por sua felicidade e a daqueles que ama. Mata um leão por dia para sobreviver e, fracasso, não faz parte do seu vocabulário. Hoje nem é 08 de março, mas quero dar aqui um parabéns a todas as mulheres que passam por cima dos problemas e das dores e buscam o sucesso em todos os sentidos: porque faz parte da nossa essência juntar os pedaços e seguir em frente.