Eu sempre gosto de vir para o trabalho pensando na vida, todos os dias. Porém nesta quinta-feira resolvi não dedicar atenção aos problemas, cansaços e afazeres gerais. Decidi observar nossa cidade ao longo do caminho. Percebi nossa cidade tão morta, a seca que já dura 111 dias está destruindo a bela paisagem que temos de Brasília. O sol já está rachando às 8h da manhã e chuva mesmo, até agora nem um pingo sequer.
A grama está sapecada, de verde não tem mais nada, está marrom como sua raiz sob a terra. Porque a terra mesmo é vermelha. Um vermelho que contrasta com o amarelo do sol e deixa a paisagem quase laranja. Tudo isso seria muito lindo se não fossem as árvores secas, sem folhas, como se o outono tivesse retornado, mas sem sua beleza costumeira. Fora o calor que nos deixa molhados de suor e a secura que detona todo nosso aparelho respiratório, que dirá outras partes do corpo, causando incômodos e mal-estar.
Estamos em plena primavera no Brasil, no entanto, de flores pelo caminho aqui no DF só mesmo os ipês que sobrevivem ao clima. São amarelos, rosas e apenas eles trazem para a paisagem de Brasília um pouco de cor.
Precisamos de chuva o quanto antes, porque senão o pouco que ainda temos de vivo secará mais ainda ou pior, será destruído pelo fogo, como aconteceu ontem próximo ao Parque Nacional de Brasília no dia mais quente do ano, com temperatura registrada em 31,5 graus.
Vamos pedir um pouco de clemência a São Pedro, porque a coisa tá feia!!!
